Pontos de vista sobre os filmes que relatam momentos do grande criador da Apple.

Primeiramente vou avisando que terei que passar muitos spoilers, então se você não assistiu aos dois filmes, eu indico que assista-os antes de ler essa matéria. Mas, se você curte spoilers, essa matéria pode te deixar bem curiosa (o) para assistir aos filmes.

Para você que pretende conhecer um pouco sobre esse cara fantástico, inicialmente vou falar das coisas comuns em ambos os filmes que nas interpretações de Ashton Kutcher e Michael Fassbender deixaram bem claros.

Crédito: Foto/Reprodução Thonny Tenório

O Primeiro ponto é que ele era um cara muito inteligente, mas não conseguia desenvolver as suas ideias, por isso ele sempre precisou de terceiros para construir aquilo que ele tanto desejava realizar. O primeiro computador pessoal, denominado Apple, foi assim e todos os demais produtos também seguiram nessa mesma trajetória.

Segundo ponto é sobre o conflito acerca do reconhecimento da paternidade de Lisa, sua filha. Jobs reluta por muitos anos para reconhecê-la como filha, apesar dele ter sido adotado enquanto criança. Anos após ele justifica essa ação, achava que o convívio com a família poderia afetar sua vida ou julgava não ser um homem ideal pra formar uma família. Anos após se arrepende de ter feito isso.

O terceiro ponto é que Steve Jobs é mostrado totalmente egocêntrico. Ele não reconhece as pessoas que o ajudaram a tornar os sonhos em realidade, seja em ações na empresa, promoções de cargos ou apenas uma citação deles nos lançamentos dos produtos.

Quarto ponto é que além dele ser um visionário, ele trata as invenções passadas como algo que não quer recordar, ele apenas foca em promover o marketing dos produtos em lançamento e virar a página construindo uma nova história.

Agora alguns conflitos e ligações interessantes entre os filmes:

O primeiro filme (Jobs – 2013) foi muito criticado e não é pra menos, pois tiveram muitos vazios na história de Jobs. Eles fizeram como uma cronologia, mas não explicaram realmente os conflitos dele com o John Sculley ex-CEO da Pepsi e também não explica como o NEXT o fez regressar à Apple após alguns anos fora do comando da empresa.

Outra coisa que observei foi no lançamento do iPod que o Ashton está segurando, que não é o da primeira versão. Você pode reparar que o produto que ele segura é arredondado como uma bacia e brilhante, sendo que o verdadeiro produto era um pouco mais quadrado sem as ondulações.

No High-School, Jobs está voltado às artes e nem gosta de tecnologia, ele era tecnicamente um hippie e do nada ele já aparece trabalhando na Atari (empresa de jogos) e com ajuda de Steve Wosniak ele cria o Arkanoid. Acho que faltou algo nessa passagem.

No segundo filme eu estranhei quando eles mencionam o Apple II e acabam mostrando o Macintosh de 84. Eu não sei se isso ocorreu por causa da tradução/dublagem ou se foi um erro mesmo do filme.

Uma coisa que eu fiquei com a pulga atrás da orelha é que o filme Jobs mostra Ashton utilizando um Discman, isso em meados de 1997 e no outro filme Jobs não aguenta ver sua filha Lisa escutando um Walkman de fita em 1998 durante o lançamento do iMac. Essas passagens me deixaram um tanto confuso sobre o uso do Walkman e do Discman nos EUA.

O que eu gostei ao assistir os filmes foi ver a garagem e a casa onde tudo se iniciou, aparentemente, é mesma casa. O filme de 2016 termina mostrando Jobs tendo a ideia de lançar o iPod e no filme de 2013 inicia com Jobs no lançamento do iPod. Essa ligação entre os filmes foi bem legal.

Apesar de cada interpretação ser tecnicamente diferente, elas trouxeram uma ideia sobre a personalidade de Jobs.

O segundo filme retrata muito bem o real conflito que ele teve com o CEO John Sculley, enquanto no primeiro filme mostra apenas os sentimentos de admiração e ódio por Sculley sem uma explicação clara. Essas ligações, realmente, foram muito boas.

Bom, é isso! Comentem comigo o que também acharam desses filmes.

Eu fiz uma matéria anterior sobre o segundo filme Steve Jobs – 2016, você pode conferir outras informações.